Os Campos Verdejantes

As colinas verdejantes se erguiam a frente. Uma leve brisa gelada passava por eles, uivando. Não podiam ver nada se movendo a frente.

O anão colocava seu machado nas costas. Seu escudo reluzia ao brilho do sol.

- Bom, eu não sei quem são vocês, mas eu me chamo Ragadtol. Sou conhecido como Elmo-de-Pedra por alguns, também. Não sei aonde vocês querem ir, mas eu tenho explorado esse continente por muitos anos. Estou indo para Dranght, em busca de um trabalho como mercenário... Tenho feito isso algumas vezes, quando meu dinheiro começa a acabar. HAHAHAHA!

Terminou com uma risada escandalosa.

- Fique ai Link, vou fazer o reconhecimento da área mais a frente, se eu não voltar daqui 2 horas parta sem mim. - Marko já estava a uma certa distância de Link e logo se perdia no horizonte.

- Pois bem. Vamos esperar por aqui, Navi...
Descia da árvore, tocando o solo. Sentava-se encostando no tronco, com as pernas esticadas. Tirava do bolso um estranho objeto, azulado, com um lugar para sopro e alguns buracos. Era uma Ocarina, instrumento usado para tocar canções, parecido com uma flauta. Começava a soprá-la, tocando lindas canções, entretendo Navi como nunca.

Marko percorria uma grande área e nenhum sinal de perigo, era hora de voltar. 

- Espero que não tenha acontecido nada com o elfo, devo me apressar. 

Logo Marko estava correndo, voltando ao local onde tinha deixado seu amigo.

Quando Marko correu dez metros de onde estava, reparou em um vórtex de areia girando na terra a sua frente. Com certeza, aquilo não estava ali quando ele passou a primeira vez.

- "Ó senhor, porque me abandonaste??" HAHAHAHAHA! O que devo fazer? Direita ou esquerda? Eis a questão... 

Marko corria para a esquerda contornando o redemoinho e voltando para sua trilha.

Quando Marko correu pelo lado do redemoinho, um escorpião colossal pulou de dentro, se agarrando a Marko e o derrubando. A criatura soltou Marko assim que este tocou o chão, entrando novamente na terra. Marko, provavelmente, nem vira a criatura.



Creditos: http://www.deviantart.com/art/Ravaging-Giant-Scorpion-363422980 / Legend of the Cryptids

- Arrgh... Isso foi rápido. 

Marko sobe em uma árvore perto dele e começa a pular de árvore em árvore até chegar em seu destino.

Quando Marko pulava de uma árvore para outra, a anterior era sugada para dentro da terra: A criatura o estava seguindo!

- Hum... 

Logo Marko avistava Link e assim avisava-o. 

- Link, temos um problema. Se prepare. 


E a corrida pelas árvores continuava até quando em um salto, Marko aterrissa perto de link e com o arco em mão dispara contra a besta que o seguia.

Link se surpreendia com o que estava acontecendo. Com a melodia quebrada, levantava guardando a Ocarina rapidamente, logo analisando melhor a situação:

- Mas que merda é essa agora?!

Navi se apoiava em seu ombro, enquanto Link puxa a Soul Eater Dagger. Se prepara para o próximo ataque da criatura.

O Escorpião Gigante pula de baixo dos dois, surpreendendo-os enquanto eram jogados para cima. Com suas garras, tentava prende-los no ar.

Marko recupera-se o suficiente para conjurar uma lança apoiando na garra do escorpião e se impulsionando para longe do bote dela. Caindo no chão Marko vira-se e dispara flechas contra a parte de baixo da criatura.

As flechas, ao bater na couraça da criatura, desaparecem sem causar dano. A fera ainda tentava agarrar Link.

Link rapidamente agarra suas mãos a ponta superior da nojenta boca da criatura, e logo se coloca em posição de galope, se apoiando nas costas do inimigo. Logo, afunda a Soul Eater Dagger no lábio superior do bicho, e com a lâmina enfiada, escorrega até sua extremidade inferior, causando um largo e profundo corte na costa inteira da criatura.

A lamina da adaga conseguira atravessar o couro do Escorpião quando fora cravada. O couro, entretanto, era duro e grosso, portanto, Link não tivera a força suficiente para rasga-lo, prendendo a adaga perto da boca da criatura, que agora caia em direção ao chão.

Enquanto na queda da criatura, Link via sua tentativa falha de abrir tão tamanha ferida em um couro resistente como este. Retira a adaga, a guardando na cintura e efetuando um salto para trás, puxando dessa vez seu arco. Carrega-o rapidamente com uma flecha explosiva, esperando sobre o galho de uma árvore a situação favorecer a seu lado.

Depois de alguns segundos que o fantasma aparecera, a criatura, depois de preparar-se, aplica uma ferroada, transpassando o fantasma e assim, fazendo-o sumir. O ferrão raspou, coincidentemente, no braço esquerdo de Marko, quando este pulou para longe da criatura.

Via Marko levar a ferroada:

- Navi, vá curar Marko agora! Esse veneno pode ser um problema!

Imediatamente, Navi já estava curando o corte, que cicatrizou rapidamente, logo se fechando e cortando o efeito do veneno.
Aproveitava a cauda levantada do bichão e atirava-lhe a flecha explosiva já preparada, bem na ponta de sua cauda. O impacto causava algum estrago aparente. Já carregando outra flecha explosiva observava o que acontecia.

Com a explosão, a cauda da criatura começou a se mecher freneticamente para os lados, acertando a árvore em que Link estava e jogando-o, junto com ela, para longe. A criatura novamente entrou na terra, levando junto a espada de Marko.

Marko corria para junto de Link e o observava. 

- Você está bem?

Recuperava o controle, levantando-se:

- Não foi das melhores aterrissagens mas ainda não abortei a missão!

Dizia, ofegante, um pouco inclinado pra frente enquanto apoiava-se em seus joelhos um pouco dobrados.

- Onde está Navi?!
Dizia Link assustado.

Navi logo saia de seu bolso, um pouco atordoada:
- Tá tudo bem Garota?
- Si-i... im.
Dizia estonteada, enquanto era apoiada por Link em seu ombro.
- Bom, vamos nessa!

Dizia enquanto equipava uma flecha de gelo, se preparando para a próxima surpresa.

A calmaria aterrorizou ao homem e o elfo. De repente, um monte de terra se ergue cerca de 15cm da terra, e começa a fazer um caminho que segue para depois dos dois.