Os Campos Verdejantes

O anão encontrava-se sentado perto de uma fogueira que fizera a pouco, embaixo de uma pequena caverna. A iluminação a sua frente era o único brilho na noite, além da lua. Seu machado de guerra descansava a seus pés. Comia e bebia, feliz, enquanto se sujava sem se importar.

Uma assustadora risada de uma hiena, ecooava nos campos verdejantes, tirando os animais de suas tocas e expulsando as aves, que batiam suas asas na luz do céu escuro estrelado, desesperadas.

O Anão colocava a mão em seu machado. Sabia que o fogo iria denunciar sua posição, mas provavelmente, também iria afastar criaturas selvagens.

O silêncio tomava conta. O gnoll se esgueira pelos matos, se mesclando com o verde da vegetação por conta da pigmentação de sua pelagem.

O Anão segurava seu machado em sua mão direita, já de pé. Andou de costas para o fim da pequena caverna, deixando-se sem ponto cego, pois qualquer ataque súbito, ele veria.

Um homem velho trajando uma tunica extremamente branca entrava na caverna, em uma de suas mãos havia um longo cajado branco com uma pedra na ponta, e em sua outra mão havia um escudo de aço com uma árvore sem folhadas gravada no mesmo.

- Olá meu bom homem.

- Saia da frente, ancião! Alguma criatura espreita na noite, e está vindo para cá, digo eu.

Disse o Anão, surpreso com a aparição, mas sem demonstrar medo.

- Você poderia ser um pouco mais educado comigo garoto, e essas criaturas da noite não são nada..

O velho se virava para a entrada da caverna coçando a cabeça.

O Gnoll surge do emaranhado de mato, deixando seu corpo monstruoso ser iluminado pela luz da fogueira. Uma hiena humanóide, recoberta por musculos, corcunda e empunhando uma faca de osso, esquadrinhava o anão e o humano.

O Anão olha para a criatura.

- O que é você?!

Diz, empunhando o machado.

- Hoggerrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!!!!!

O gnoll libera uma risada insana e paranóica, mostrando seus dentes extremamente afiados e sujos.

- Vejo que temos uma criatura das sombras aqui.

O velhote dava um aceno com um cajado e labaredas começavam a tomar conta dos trapos e das pernas do gnoll, e rapidamente começavam a se espalhar por seu corpo.

Rola no chão buscando apagar o fogo, iniciando um grande incêndio nos campos, que se alastra rapidamente.

O Anão procura por água para jogar no incêndio que se formara!

O velho apenas se sentava observando a cena.

O Anão, aborrecido, vira o balde de água que guardara para apagar a fogueira contra o fogo, apagando-o e apagando as chamas na criatura.

A pelagem verde agora estava escura, chamuscada. O que não importaria muito, Hogger iria aproveitar disso para ser beneficiado na hora de atacar suas presas à noite, se camuflando melhor já que seu pelo estaria totalmente chamuscado.

- Vou perguntar de novo, o que é você, criatura?!

Gandalf se levantava e ia andando calmamente em direção ao gnoll, acertando o cajado em sua cabeça de leve.

- Então amiguinho, mais calmo?

- Minha aparência já não me identifica ? Eu sou um gnoll, da cidade de Fortunia.

- Você é hostil?!

Disse o Anão, preparando-se para um possivel ataque que pudesse dar na criatura, caso respondesse que sim.

- ISH GOR MAKT!

Ouviu-se o grito cortando a noite. Em seguida, vários uivos e gritos de aprovação. O chão começara a tremer levemente!

- É uma cidade bonita, já visitei. Particularmente gosto da comida.

O velho dava um suspiro ao sentir o tremor e colocava as armas em riste.

- Se pensar bem, acho que não sou hostil. E concordo na parte de ser uma cidade bonita.