Os Campos Verdejantes

- Mais um pouco e você poderá ver as Montanhas. Então, qual sua primeira impressão de Pine Barrens?

Parava de tocar a Ocarina:
- Exótico, diversificado... Realmente, um local com boas oportunidades. E com exímios guerreiros também.
Dizia, vendo agora que Navi adormecia. A colocava no bolso da aljava, também guardando a Ocarina no bolso. Seguia caminho.

- Francamente, é muito perigoso. De verdade, é um lugar aonde tudo pode acontecer, mesmo em uma cidade ''segura''. Você nunca pode abaixar a guarda aqui. É muito mais perigoso que Shamy Rock, por exemplo. Como era lá?

- Na área em que habitava... Bom, já estavam completando dois milênios sem calamidades. Quanto a Shamy Rock em geral, é algo como... hm... Como um mosaico. Áreas seguras, perigosas, totalmente perigosas...
Dizia, imaginando que o Anão entenderia.

- Hum... Sei... Bem, nao se acostume com Pine Barrens. Esse lugar sempre pode te surpreender.

- Entendo.
Concordava com a cabeça.

Marko apenas acompanhava a conversa entre os dois. 

- A propósito meu nome é Marko. Peço desculpas se o tratei de forma rude, mas digamos que de uns anos pra cá ser sociável não é o que eu mais fazia.

- Hmpt. Então, Marko, o que veio fazer aqui, se é que posso perguntar?

- Em busca de uma vida nova, fiz algumas coisas que não vão gostar e aqui acho que minhas habilidades vão se adequar aos serviços que são oferecidos.

- Hunf!

O Anão bufou, seguindo caminho.

- As montanhas!

Disse Ragadtol aos estrangeiros, enquanto apontava para uma direção em que podiam ver colossais montanhas erguendo-se ao horizonte.

- Wow! Achei que estivesse brincando quando disse que eram enormes!
Dizia, enquanto via as colossais montanhas.

- Hmpt!

Disse Ragadtol.

- Essa região é um pouco mais perigosa. Não abaixem a guarda até eu falar que é seguro!

Ao ouvir, link puxou sua espada, a empunhando com as duas mãos.
- Entendido.
Seguia caminho com a espada rente ao peito, um pouco inclinada para a frente. Dava longos passos, acompanhando o anão.

Marko apenas acompanhava os dois, silenciosamente, observando as montanhas.

- Você é muito calado, humano... Não vai demorar muito para que a noite caia sobre nós. É melhor procurarmos abrigo, por hora.

- Estou apenas desacostumado com pessoas ao meu redor... Indique um bom lugar, já que você tem mais experiência nessa terra.

- Mais a frente há uma colina... Podemos acampar nela, durante a noite.

Disse Ragadtol, indicando com a cabeça uma colina próxima a eles.

- Ótimo, estou precisando descansar. 

Marko tomava a frente até encontrar a colina. 

- Hum... É um bom lugar.

Ragadtol chegou pouco depois, desamarrando seu pequeno pano de dormir do cinto e jogando-o no chão.

- Precisaremos de lenha, para nos aquecermos... Os Campos Verdejantes são frios e cruéis durante a noite. O fogo também vai afastar a maioria dos seres com quem dividimos esse lugar.

- Vá para a esquerda, eu vou pela direita e para pegar lenha. 

Dito isso Marko pega o caminha da direita até encontrar alguns tocos secos que dariam para iniciar uma bela fogueira.

- Não há muitas árvores por aqui... Iremos ter de cuidar bem da pouca lenha que pegarmos.

Disse Ragadtol, cortando alguns galhos com seu machado e levando-os morro acima.

Marko voltava a colina e jogava os tocos no chão. 

- Acho que é isso... Não sou bom em fazer fogueiras, por favor, faça-a. 

Então Marko se jogava em um canto e logo pegava no sono, o dia tinha sido difícil.

- Hmpt.

O anão, então, sentou-se, esperando que o pôr-do-sol começasse a aparecer.

Manteve a guarda até então, guardando a colina. Olhava ao horizonte segurando sua espada, observando as redondezas até o fogo se acender. Navi ainda adormecida no bolso de sua aljava.

Assim que a escuridão começou a toma-los, Ragadtol acendeu a fogueira. Sentou-se, próximo as chamas. Pôs-se a cantar baixo uma antiga melodia, mais para si mesmo do que para os demais presentes.