Caverna Sombria

Continuava andando, com a labareda ainda acesa, enxergava todo o caminho. O local aonde estava lhe trazia imensa vantagem, já que o que não faltava nesta caverna era umidade e poeira. Ela alentava seus passos, pois sentia que teria algo a frente. Sua respiração ofegava levemente.

Uma pequena cripta foi o que Barbara encontrou. Nada além de uma escadaria para cima, e um túmulo em uma sala de aproximadamente 8m de diametro.

Avistando as escadarias, sua respiração ofegava mais. Mesmo sendo a guerreira excepcional que é, o instinto do medo ainda persistia. Ela dava de frente com a pequena sala, e se aproximava lentamente do túmulo.

No túmulo, quase não era possivel ler os dizeres... Um nome antigo e ''Da segunda era''. O Túmulo estava fechado, e não havia nada além dele na sala.

Chegava em frente ao túmulo. Sua respiração ofegava insanamente. Tentando manter a calma, ela se inclina um pouco para frente, tentando ler os dizeres.

- Tenemur, da Segunda era.

Disse uma voz etérea por trás de Barbara. Arrepiou-a.

Estranhada com a voz, sua respiração ofegante a tomou. Com medo de alguma situação desfavorável, deu uma pirueta para frente, e, ainda no Ar, efetuava um giro, que a deixava defronte ao lado que antes era suas costas. Se prepara para combate, equipando seu escudo e sua lança, visando a criatura.

Um ancião espectral estava parado em frente ao portal que dava acesso as escadarias. Segurava um cajado em sua mão. Suas feições eram malignas, e possuia uma cicatriz de lado a lado do rosto.

- O que fazes na minha tumba, mundana?

- Estava apenas passando, não quis incomodá-lo.

Diz, porém ainda mantendo-se em posição de combate, para evitar qualquer ataque que viesse do estranho Espectro.

- ENTÃO SUMA.

Disse, e bateu o cajado no chão.

- Eu tenho total controle mágico neste local.

E bateu o cajado novamente, e tudo que era vivo, com exceção do próprio espectro, tornou-se sólido. Uma labareda de fogo foi lançada contra Barbara.

Barbara esquiva do fogo com tamanha velocidade, e visto que o ser era intangível, joga sua lança contra o teto, que fica infincada lá. Seu escudo cai no chão, em cima do túmulo.
Ela levanta seus dois braços, com as palmas abertas, e diversas entidades mágicas em formatos de cristais pontiagudos que crepitavam fogo eram lançados contra o Espectro.

Os cristais atravessavam o espectro.

- Não vai adiantar, garota.

Disse, e materializou um chicote de raios em sua mão. Com um rápido movimento, o chicote estralou acima da cabeça de Barbara, fazendo com que um relâmpago descesse até o chão

De sua armadura emanava uma esfera de poder, que absorvia o raio, que logo era lançado de volta contra o adversário, enquanto ao mesmo tempo, subia chamas multicolor extensas que atingiam qualquer entidade, fosse intangível ou sólida, em volta de uma área que equivalia a metade da sala onde o Espectro se encontrava.

O Espectro era atingido. No mesmo instante, reapareceu atrás de Barbara, e mesmo sendo etéreo, seu cajado doeu quando fez contato com o lado da face da garota.

Ela era atingida, e, em quanto sofria o impacto, aproveitou o impulso para meticulosamente, criar uma lâmina de cristal também etérea acima do Cajado do Espectro, que, ao velocíssimo movimento da lâmina para baixo, patia-o em dois pedaços inúteis de madeira. Logo, a lâmina se tornava uma panaceia com capacidade de atingir coisas intangíveis. A panaceia recobria o braço do Espectro, derretendo o braço do mesmo. Após o ataque, se afastava, ficando de frente para o túmulo, e de costas para a a escadaria.

O Braço do velho voltava a se recuperar. Bateu as mãos, retirando o uso de magia da garota.

- Eu gostaria de ver você lutando sem o uso de magia.

Disse, e lançou-lhe uma esfera de fogo.

Enquanto desviava da esfera, a mesma ainda assim atingia a ponta de seus dedos, fazendo arder um pouco.

- Desgraçado!

Dizia, se movendo em uma velocidade incrível, recuperando sua lança e seu escudo em segundos. Logo, milimetricamente, aparecia atrás do espectro, fazendo cerca de 200 cortes com a lança, que era recoberta de magia que atingia o intangível Espectro, em questão de segundos. Sua velocidade extremamente grande era aproveitada também para desferir 10 escudadas contra o que sobrara do corpo "picotado" do Espectro, que era lançado em pedaços sobre seu túmulo.

O espectro desaparecia por alguns segundos. Quase instantaneamente, reapareceu em cima de Bárbara: Sua mão coberta de chamas, aplicando-lhe um soco na cabeça.

Levava o golpe, que foi certeiro. Era lançado contra a parede, enquanto sua lança caia a frente do espectro, e seu escudo, próximo ao túmulo. Abafando o impacto, que ainda assim a feriu, começava a proferir afalares estranhos, que usando da força de um selo presente no verso do escudo, proferiam uma maldição. Logo, o escudo e a lança se tornavam uma estranha panaceia, e recobriam o Espectro. A maldição era lançada, e logo, o espectro não passava de um lindo e brilhoso cristal, que caia no chão, quicando algumas vezes. Barbara respirava e suspirava, ofegantemente.

O Espectro, preso eternamente dentro do Cristal, agora fazia-o tremer de um lado para o outro no chão. Via-se sua forma, gritando, preso até o fim dos dias.

Um manto empoeirado e velho, com escritas rúnicas estava jogado dentro do caixão. O cristal balançava-se freneticamente no chão.

Olhava para o cristal, que mexia-se com constância. Levantava-se, e limpava a poeira de seu corpo.

- O que seria isso?

Disse, olhando para o manto, logo após selar o cristal e coloca-lo entre os seus seios. Ela abaixava, e pegava o manto, que se tornava invisível no momento do toque.

- Isso com certeza vai me ajudar.

Dizia, após limpar e vestir o velho manto, que fazia efeito em seu corpo também. Logo, o item se tornaria parte do Arsenal de Barbara. Ela seguia caminho em frente, esperando encontrar os que seguiram as outras direções.

Wolfric, se viu de frente com uma pequena fenda na parede rochosa da caverna, o suficiente para ele passar sem dificuldades.

Wolfric passou, a espada na mão direita, o escudo encantado com fogo iluminava o caminho. Wolfric colocara o escudo em frente ao corpo, andando enquanto se protegia de qualquer coisa que pudesse aparecer.