Caverna Sombria

- Não se enganem: Não é a criatura que falaram, tenho certeza.

Disse Wolfric, partindo para cima da criatura. Enquanto corria, montou a estratégia quase instantaneamente. Jogou-se de costas no chão pouco antes da criatura movimentar-se para atacar, usando da capa para deslizar por baixo das pernas da criatura. Assim que passou, levantou-se, usando de sua espada para cortar os dois Tendões de Aquiles do Ciclope, derrubando-o de joelhos ao chão. Falou algumas palavras que todos escutaram, porém não identificaram o que disse. Em seguida, cravou a espada nas costas da criatura, atravessando a lamina até que saísse no tórax da mesma. Então, ergueu a lamina até onde conseguiu, isto é, até o pescoço da criatura. Realizou o mesmo movimento, porém para baixo, rasgando-a ao meio. Chutou-a para frente, derrubando-a enquanto puxava a espada.

- Adiante, sim?

- Claro.

Dizia, se colocando em posição reta. Pegava a lança de seus lábios, que deixava uma marca um pouco arrozada. Dado ao fato de que seus equipamentos eram recobertos de magia, tornar-se solida era desnecessário.

- Mandou bem. Agora sim vejo a verdadeira força de um Warforged.

Dizia, o antepassando, enquanto olhava para seu rosto com um olhar sexy.

Marko caminhava até o ciclope e fazia o mesmo processo que fez com o outro, arrancava o olho para se alimentar.

- Siiiiiiiiiiiiim, estávamos com fome, siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim.

- Obrigado, senhora.

Disse, indo adiante.

Seguindo caminho, a escuridão parecia opressora... Os sons eram abafados naquela área. Fei Long, sendo cego, perdera temporariamente o sentido que mais usava: A Audição. Ficaria perdido naquela área pela eternidade.

Marko, Wolfric e Barbara, entretanto, conseguiram passar depois de cerca de quinze minutos. O que se seguiu, foi um vale ainda maior. Seu piso estava coberto de esqueletos, crânios, ossos e sangue. Quatro caminhos se erguiam a frente.

- Acho que teriamos uma chance maior se nos separassemos.

Disse, virando-se para os outros dois, não tendo reparado na falta de Fei Long.

Marko vai até a entrada de cada um dos caminhos e observava atentamente.

- Nós vamos por esse aqui.

- Siiiiiiiim, vamosssssssss pela direita mais extrema, siiiiiiiiiiiiiiiiim, vamossssssss matarrrrrrrrrr tudo que apareça em nosso caminho, siiiiiiiiiiiiiim

- Pois bem, irei por este.

Disse, apontando para o caminho que descia por entre os esqueletos.

Ela olha atentamente os quatro caminhos. Um deles lhe parecia mais espaçoso, e é para este que ela prosseguiu. Antes de entrar no portal na extrema esquerda, acendia uma grande labareda em suas mãos, que iluminava o caminho:

- Eu vou neste aqui. Nos vemos lá na frente, eu espero...

Dizia em tom de confiança, porém de incerteza, devido as terríveis criaturas que poderia encontrar.

Marko, após entrar no caminho que escolhera, começa a ouvir passos rápidos, rosnados baixos e um barulho indefinível por cerca de 15 minutos. O túnel saiu em uma caverna de cerca de 40m. Nada mais era do que um buraco. Não havia luminosidade no local, a não ser duas pequenas esferas avermelhadas que encaravam Marko do fundo da caverna. Elas sumiam por cerca de 1 milésimo, e então reapareciam. Estavam se mechendo, também?

Marko começava a rir insanamente.

- HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA SIIIIIIIIIIIIIM, É ISSO O QUE NÓS QUEREMOS, MOOOORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRTE, SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM, VENHA CONHECER O TEU FIM, SIIIIIIIIIIIIM, VOCÊ VAI MORRERRRRRRR E NO SEU SANGUE VAMOS NOS BANHARRRRRRR, SIIIIIIIIIIIIIIIIIM AHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA

Então um arco era conjurado com três flechas já "armadas" e com um salto O Louco consegue se posicionar em um lugar alto para observar tudo. Graças ao seus sentidos apurados ele tinha uma boa noção do que iria enfrentar.

Então, um risco de fogo surgiu no chão. Suas labaredas dançavam, formando um circulo flamejante por toda a caverna. A Fera Escarlate se mostrou. Seu corpo era vermelho vivo com manchas pretas, semelhante ao de um leopardo, só que maior, possuindo 7 cabeças ao invés de uma. Quatro delas possuiam um chifre cada e as outras três, dois chifres cada.  Com cerca de 5 metros, aparentava pesar cerca de 2 toneladas. Não era um demônio, mas vivia nos Planos infernais. Chegara ali por magia muito antiga, e agora, observava o jantar que de bom grado chegara a seus domínios. Demonstrando uma velocidade muito além da esperada, correu, escalando as paredes até chegar aonde Marko estava, e com um golpe, quebrou qualquer lugar aonde ele pudesse subir. (Incluindo o próprio lugar aonde Marko se encontrava)

Marko em quanto caía sacava sua espada e crava na parede que estava do seu lado, assim desacelerando a queda até o chão, com o fogo da besta ficava mais fácil de observar o local.

-SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM, É VOCÊ QUE EU QUERO, SIIIIIIIIIIIIIIIIIIM! HAHAHAHAHAHAHAHHAHAAHAHHAHAH

O Louco puxava a espada da rocha e corria o mais rápido que podia em direção a fera mirando suas pernas, lanças eram conjuradas e ao mesmo tempo arremessadas em direção ao alvo.

A criatura demonstrava uma velocidade excepcionalmente grande. Desviou facilmente das lanças, saltando cerca de 10m para cima. Mirando, caiu um pouco atrás de Marko, lançando-lhe uma baforada de chamas arroxeadas, enquanto que outra de suas cabeças tentava morder-lo.

Marko que era extremamente ágil pulou em cima da cabeça que vinha em sua direção e com sua espada física cravou a espada no crânio da criatura e com um martelo conjurado em sua mão livre ele começava a martelar a espada no crânio da besta.

Os dois chifres da cabeça da criatura explodiram, jogando a cabeça para um lado. A criatura não demonstrou ferimentos, porém um de seus pescoços agora estava exposto. Marko, porém, foi jogado do outro lado da caverna devido a explosão. Duas cabeças da criatura que agora andava devagar em sua direção, cuspiam chamas.

Marko meio aturdido com a explosão começa a rir freneticamente e uma ideia surgiu em sua cabeça.
Marko conjura dois machados e com extrema habilidade escala a parede que está atrás dele até chegar em uma altura onde ele enxerga toda a caverna então lá de cima ele pula em direção ao monstro. Duas espadas são conjuradas e então no ar ele começa a girar com muita velocidade até acertar em alguma parte da besta.

Ao ver Marko pulando, a criatura ergue a cabeça, mirando suas chamas em Marko ainda no ar.

Como Marko estava girando uma certa parte das chamas são expelidas, mas devido a grande quantidade de chamas, Marko perde os braços e o torso de sua armadura e seu corpo sofre queimaduras devido a ausência de proteção. Ignorando as chamas ele alcança a cabeça da criatura escorregando até o dorso da mesma onde ele abre uma fenda com suas espadas e entra para dentro dela começando a destroçar o monstro de dentro para fora.

A criatura caia ao chão, agonizando. Não podia mais se mecher, apenas seus rosnados baixos eram ouvidos... Dentro dela, o calor era infernal. Marko não aguentaria muito tempo dentro da criatura.

Marko vendo que as veias da criatura não bombeavam mais sangue e qualquer outro fluído obscuro que ela produzia abria outro buraco em uma parte completamente diferente da que fez para entrar. Banhado no sangue da criatura começava a rir e a lamber seus braços queimados, caminhando em direção as cabeças da criatura Marko mirava os olhos dela, para assim se alimentar.

- SIIIIIIIIIIIIIM, AGORA EU VOU COMERRRRRRRRRRRRRR, SIIIIIIIIIIIIIIIM.

Com o fogo ainda ardendo nas redondezas da caverna, Marko viu um baú, atrás de onde a criatura repousara momentos atrás.

Marko depois de se alimentar com aquela bizarra iguaria sentava-se não muito longe do local onde jazia o enorme monstro morto. Até que ele enxergou algo que ele não via a muito tempo, um baú, O Louco foi até ele e quando chegou perto o suficiente para abrir, ele o fez.

- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiim, achamos algo, siiiiiiiiiiiim.

O Amigo arrotava enquanto observava o conteúdo do baú.

No Baú, um colar: O Colar de Líberius. Feito de 1000 contas de pedras semipreciosas com inscrições rúnicas, o colar permitia que espíritos ancestrais fossem convocados pelo portador para ajuda-lo a tomar uma decisão difícil, aconselhassem sobre algo, ou até mesmo, o ensinassem sobre uma técnica a muito perdida.

Marko veste o colar e adormece ali mesmo, suas energias estavam esgotadas e ele precisava se recuperar.