Templo de Alexstraza

Observa o "Monge", observando-o de cima a baixo, não deixando de notar a Faixa em seus olhos, que chamavam muito a atenção. Mantém-se calada, por preferência.

- Por quê tanto me olhas, mulher ? Algo em mim te chamas a atenção ?

Percebe que está sendo observado, e isso causa uma sensação desconfortável em Fei Long.

- Gostaria de nos contar sua história, amigo?

- Nada, nada. Apenas curiosidade.

Diz, desajeitada.

- Querido Wolfric, eu não tenho história, meu amigo. Apenas fui criado em um monastério comum, e recebi aprendizados pelos melhores mestres shaolins do continente, minha mente se tornou ampla e vasta, consigo absorver os mais derivados conhecimentos, e fui treinado nas técnicas desconhecidas e mais mortais de combate corpo-a-corpo, e eu nasci cego. Mas a cegueira não me impediu, ou me impede, de fazer o que eu gosto, ou seja impor minha palavra sobre aqueles (as) que buscam ajudas desesperados na escuridão, eu fui criado para guiar essas pessoas até a luz.

Um dos monges chegava perto do grupo.

- Este é um templo sagrado... Os deuses nos observam aqui. Eu poderia ajudar-lhes, de qualquer forma?

Em um tom de humor, pergunta ao monge:

- Vocês tem água para mim beber?

- Sim, temos, é claro.

Disse, e em poucos instantes, voltou com um jarro contendo água para Barbara.

- Desculpem-me, mas nao pude deixar de ouvir vocês falando sobre aventuras? Nós... Nós temos sofrido durante uma noite, todos os meses... Gostariamos de saber se nos ajudariam?

Quando foi beber a água, ela atravessou Barbara:

- Ah, sempre me esqueço disso!

Depois de um gesto com as mãos, tornava-se sólida por conta própria, apenas para saciar sua sede.
Esbaldando-se com a água, agradece os monges, devolvendo a jarra:

- O que acha, Wolfric?

Pergunta a ele, referindo-se a pergunta feita pelo monge, enquanto fazia mais um sinal com as mãos, tornando-se "uma com a atmosfera" novamente.

- Hum... Não sei, estão dispostos a uma aventura?

Pergunta para Barbara e Fei Long.

- Claro, estou querendo me aquecer um pouco...

Levantava a mão, estendida e aberta, com um rosto de "Soldado fazendo continência".

- E você, Fei?

- Uma aventura é sempre inevitável, está em todos os lugares. É claro que eu aceito.

- Então, nos conte mais sobre isso, monge.

Apenas presta atenção, atenta as palavras do monge...

- Moramos perto da Floresta de Myra, portanto, toda noite ouvimos gritos, lamentações e sofrimento. Outrora, soubemos que além da floresta, nas planícies, existe uma caverna em que se esconde uma criatura diabólica... Ela nos atormenta, uma vez por mês, exigindo que um sacrifício seja feito. Nós, obviamente, negamos... Mas, dessa vez, ou sacrificaremos um de nós, ou ela destruirá o templo. Poderiam nos ajudar, por favor? Alexstraza os abençoará.

- É uma oportunidade. Gostaria de pedir uma coisa.

Diz ela, olhando para o monge.

- Se eu puder, atenderei. Por isso, peça, por favor

- Eu vago em busca de conhecimento. Eu posso ajudá-los, porém em troca gostaria de todo o conhecimento que puder me oferecer. Se não for pedir muito, eu agradeceria.

Faz uma veneração, e se mantém curvada até o monge responder...

- Conhecimento sobre?

Retorna sua coluna, a fixando ereta. Logo, explica:

- Sobre vocês monges. Eu venho os observando a tempos, porém nunca me atrevi a vim falar com um de vocês. Apenas isso, nada mais...

Diz com um tom humilde.

- Tudo bem... Começarei a escrever um pergaminho contendo nossa sabedoria assim que forem atrás da criatura, se assim quiserem.

- Podemos ir imediatamente, apenas precisamos das coordenadas.

Olhando para Wolfric, o questiona:

- Wolfric?

- Conheço apenas uma caverna nas planícies... Só pode ser ela. Nós partimos essa noite.

Disse, visto que já escurecia.

- Certo. Podemos nos hospedar no templo, até o anoitecer?

Disse, olhando para o monge.