As Montanhas de Pedra

- Hum.... Não iria conseguir me lembrar disso.

Cerca de quinze ou vinte segundos se passaram.

- Estou aqui a milhares de séculos. Estou preso, jovem mestre, entre essas pedras. Não sou o único Ent entre essas montanhas... Hum.

Os ali presentes sentiram o chão vibrar um pouco.

- E sua função é apenas ficar aqui esperando o fim?

Alguns momentos se passaram até que O Ancião respondesse.

- A minha função, e a de todos os outros Ents que dormem entre as pedras destas montanhas, é proteger os segredos. Existem coisas aqui que não devem ser encontradas, jovem mestre. Hum...

O Ancião levou cerca de 2 minutos para falar a frase.

- Hum.

Enjoado com a conversa, parecia ansioso com o fim da tempestade. Inquieto, ansiava o momento de levantar e seguir caminho a cidade. Navi até havia dormido em seu colo. A situação era realmente entediante para os dois.

Via-se sem opções, então procurou arrancar algo daquele velho Ent.
- Me diga, ancião... O que sabes sobre estas montanhas? Esse seu tom ao falar desses segredos... Devem ter coisas realmente valiosas por aqui.
Dizia, interrompendo enquanto olhava atentamente o Ent.

- Hum... Eu não posso contar a vocês. Não, não, eu não posso. O mundo quase foi extinguido quando aquilo veio a tona. Não, não.

Incrivelmente, aquela frase foi dita em questão de 3 segundos. O Ent virou-se para a parede, novamente, enquanto resmungava diversos ''Não''. Não passava de um amontoado de galhos grudados, novamente.

- Cara... Ele ficou assustado. Acho que existem coisas realmente fatais por essas redondezas.
Dizia, virando-se agora para Ragadtol:
- Arriscaria um chute, Ragadtol?

- Isso não vai chegar a nada...

Marko começava a caminhar pela caverna, impaciente.

- Não sei dizer o que ele tem... Mas ainda está nos escutando. Ele e seus malditos amiguinhos cabeça-de-tronco.

- HAHA! Algo contra esses pedaços de pau? Se for... já temos algo em comum.
Dizia, com astúcia e muito bom humor.

- Vamos fazer a maior fogueira que o mundo já viu.

Marko falava isso com um olhar sombrio.

Levantava-se, segurando os braços de Marko, algo como se estivesse o impedindo de fazer o que não devia.
- Podemos ter coisas contra essas porcarias... Mas isso não nos dá o direito de exterminá-las, junto com seu conhecimento.
Dizia, soltando o braço de Marko.

- Podem ser velhas e decrépitas, mas são sábias.

- Se acalmem! Não vou fazer nada, foi apenas uma ameaça nula... Percebo que são sábias, mas ainda sim... Tem algo errado em relação a essa caverna. Vamos dormir, precisamos estar descansados.

Marko ainda com aquele olhar sentava no chão e abaixava a cabeça, buscando o sono.

- E tem algo aqui que não está errado?
Exclamava, deitando no chão, se virando de lado. Assim como o Marko, buscava um pouco de sono.

- Hmpt.

Deitou-se, adormecendo também.

Não se juntou aos outros, ao redor da fogueira. Ficou apreciando na porta da caverna, os relâmpagos que "lutavam" entre as montanhas, enquanto a chuva forte caia.

Algumas pedras, com cerca de 5 ou 6 metros rolavam montanha abaixo, perto de onde os viajantes estavam.

Volta para o interior da caverna. Me recosto na parede úmida e rochosa da caverna, buscando aquecer meu corpo.

Os galhos grudados na parede se mexeram assim que Nidhoggur encostou na parede fria.


Logo, a chuva passou. Os viajantes dormiram, fazendo com que o dia amanhecesse.

- Hey, calma garota...
Navi pulava alegremente, no colo de Link, que havia acordado momentos antes de amanhecer. Estava sentado do lado de fora da caverna, contemplando o dia que se levantava no horizonte.

Acordou, olhando para cima. A dura pedra foi sua primeira visão.

Marko já estava acordado quando Link e Ragadtol se despertam. Sentado na mesma posição em que adormecera.

- Bom dia senhores... Prontos?

- Podemos continuar a viagem.

- Irão para onde ?

Interroga o anão, por que era a pessoa mais próxima ao viking.